domingo, 13 de janeiro de 2013

A MULHER QUE INVENTOU O LIMPADOR DE PARA BRISAS.

       ESCOLA FV.FABIO VICENTINI TREINAMENTO PARA HABILITADOS.
 
 
Equipamento foi inventado por uma mulher em 1903; mais de cem anos depois, ele continua equipando os automóveis sem nenhuma grande evolução do projeto inicial.




 

Ao longo dos mais de 100 anos de existência do automóvel, os fabricantes introduziram incontáveis aprimoramentos, de modo a torná-lo cada vez mais eficiente. Muitas soluções técnicas foram aperfeiçoadas à exaustão, mas uma ou outra teimam em permanecer basicamente iguais. É o caso dos velhos limpadores de para-brisa. Desde o começo do século XX até os dias de hoje, os veículos ainda não conseguiram abrir mão deles.

COISA DE MULHER Quem inventou os limpadores foi uma mulher. E não estamos falando daquelas belas garotas de lavajato, de camisetas curtas, que limpavam o para-brisa esfregando os seios cuidadosamente contra o vidro. A inventora do sistema na verdade foi a norte-americana Mary Anderson, em 1903. A ideia surgiu durante um passeio de bonde no inverno de Nova York. Mary observou que o motorneiro tinha que realizar várias paradas para remover a neve do para-brisa. Cansada de enfrentar os trajetos morosos e gelados, ela concebeu sua invenção.


Cansada de ver o motorneiro do bonde em que viajava em Nova York parar para tirar neve do para-brisa em 1903, Mary Anderson inventou o equipamento que é essencial até hoje.                                



 

DISSEMINAÇÃO Mary patenteou o dispositivo, que era basicamente uma lâmina de borracha fixada em uma haste de metal. A redenção veio em 1908, quando Henry Ford passou a equipar o famoso modelo T com os limpadores. A partir de 1920, quando a patente expirou, vários fabricantes passaram a usar o equipamento e, rapidamente, todos os automóveis produzidos nos Estados Unidos faziam uso da invenção.

MANUAL No começo, o acionamento do limpador era manual. O próprio condutor, por meio de uma alavanca, movimentava a palheta. Era incompatível para o motorista executar a dupla-função de dirigir o carro e limpar o vidro, mas o incômodo não duraria muito. Em 1917, outra mulher, Charlotte Bridgwood, aperfeiçoou o equipamento, inventando o limpador automático. Atualmente, o acionamento acontece por meio de um motor elétrico, mas até a metade do século passado também eram comuns os limpadores a vácuo, acionados pela sucção provocada pelo próprio propulsor à combustão do veículo.

CONTEMPORANEIDADE Em pleno século XXI, o limpador resiste à tecnologia e segue com poucas alterações. Alguns carros, dotados de para-brisas muito grandes, necessitaram de limpadores com áreas de varredura maiores, o que fez surgir o sistema que movimenta as palhetas em sentidos opostos, ao contrário do tradicional, no qual as duas peças movem-se para o mesmo lado. Também são recentes as palhetas do tipo flat-blade, que dispensam a armação em metal. A pós-modernidade do sistema é o sensor de chuva, que aciona o limpador automaticamente diante dos primeiros pingos de água no para-brisa.

PROBLEMAS A falta de alterações significativas ao longo de quase um século frequentemente manifesta-se em forma de problemas. A borracha das palhetas resseca com facilidade, e ai do proprietário se não substituí-las em dia: a pena para a omissão varia de arranhados no para-brisa até graves acidentes por falta de visibilidade. E até agora, ninguém conseguiu inventar um limpador que permita boa visão sob fortes temporais ou nevascas. Limitações à parte, o fato é que ainda não surgiu equipamento capaz de aposentar a invenção de Mary Anderson.


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