ABAIXO A
FALTA DE HOSPITAIS E MÉDICOS.
ABAIXO A
FALTA DE ESCOLAS COM QUALIDADE NO ENSINO.
ABAIXO A
TOTAL FALTA DE SEGURANÇA.
ABAIXO A
JUSTIÇA QUE LEVA 10 ANOS PARA DAR UMA SENTENÇA.
ABAIXO A
GENTALHA QUE GOVERNA O BRASIL.
Supor que as
manifestações de rua são apenas protestos contra o aumento das passagens de
ônibus, é desconhecer que este fato foi apenas o rastilho que fez explodir o
barril de pólvora comprimida da insatisfação generalizada dos cidadãos.
Cansados das
decisões do governo em suas duas vertentes: executivo e legislativo que atendem
mais aos interesses dos políticos; cansados de verem estes transformarem a
nação em um grande balcão de negócios espúrios; cansados da ladroagem com
assalto aos cofres públicos, em suas várias modalidades (conforme licitações
dirigidas); era mais do que previsível todo esse movimento nas ruas como
protesto, em um país cuja carga tributária ultrapassa a cifra de cinquenta
impostos diretos e indiretos, e cujos valores em 2012 somaram um trilhão
seiscentos e quarenta e quatro bilhões, novecentos e dezoito milhões, duzentos
e vinte e quatro mil, duzentos e setenta e um reais e dez centavos (http://www.impostometro.
com.br/) afora outras receitas. Entretanto, como se sabe, o percentual
destinado às necessidades básicas do cidadão, como educação, saúde, moradia,
saneamento básico, salários e outras prioridades essenciais à vida em
sociedade, não têm recebido por parte dos governantes a devida importância.
Quando se
percebe o dinheiro desviado para obras faraônicas edificadas a toque de caixa,
com enriquecimento de empreiteiras, obras estas que ao depois, em pouco tempo
se transformam em verdadeiros elefantes brancos, sem nenhuma serventia; quando
constatamos que bancos e instituições financeiras manobram à calada noite e
conseguem do parlamento a aprovação de leis iníquas em prejuízo dos
consumidores menos favorecidos; quando captam recursos dos assalariados,
pagando-lhes rendimentos, da caderneta de poupança abaixo de 0,5% ao mês, mas
emprestam o capital, na outra ponta a 8,0% com juros capitalizados (juros sobre
juros) que elevam a dívida em uma progressão geométrica e isso tudo com o
beneplácito dos poderes executivo, legislativo e até do judiciário, é hora de
se dar um basta a esse comportamento despropositado.
Seguramente
com todas essas sequelas que atingem o tecido social, justificam não ser mais
possível qualquer contemporização com os sanguessugas da nação brasileira.
Então, já era mais do que previsto que os jovens, os adultos e mesmo os idosos
se revoltassem repudiando o tratamento a eles dispensados como simples massa de
manobras e vítimas de parte de políticos inescrupulosos que querem apenas seus
votos, sejam do PT, do PSDB e de outras siglas mais, todos eles são apenas duas
faces de uma mesma moeda.
Chegou o
momento dos maus políticos e daqueles que sangraram os cofres públicos pagarem
a conta da dinheirama desviada. O grito de os insurgentes, e não dos vândalos,
que devem ser obviamente contidos e isolados, encontra ressonância na sociedade
brasileira, na classe média que seguramente foi e será sempre a mola propulsora
desta nação. Faz inteiro sentido a frase de um cartaz: “país mudo é um país que
não muda”.
Em recente
pesquisa do “Data Folha”, 77,0% da população são a favor das manifestações e
diz ainda a pesquisa que tem mais influência junto à nossa população as redes
sociais (72,0%) e a imprensa (70%), esta a grande guardiã das liberdades
públicas.
Encerro este
artigo e faço minhas as palavras de Juan Arias correspondente do jornal
espanhol, “El País”, no Brasil, assim resumidas: “a geração de jovens
brasileiros quer um regime com menos corrupção e serviços públicos que
correspondam à alta carga tributária; uma qualidade de vida, educação e saúde
que faça jus a um Brasil grande, e não ouvindo-se passageiros que viajam
esmagados em ônibus e metrôs, encharcados de suor, sem o menor conforto, ou
esperando, em filas asfixiantes, não para irem divertir-se, mas trabalhar. Os
governantes terão de aprender a conviver com esse contraditório. Os movimentos
de protestos não podem ser reprimidos com violência, como nos tempos da
ditadura. Não é preciso doutorado em sociologia ou psicologia para saber,
quanto mais violência for usada contra os jovens, maior será a violência de sua
reação. Um país que encurrala seus jovens por medo de suas reivindicações é um
país perdedor”.
Muito bem
disse o saudoso Ulisses Guimarães: “fico sempre muito preocupado quando o povo
está nas ruas”.
ONDA DE
PROTESTOS...
Uma onda de
protestos tomou conta do País, em diversas capitais brasileiras, entre elas,
Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. E também Brasília, a
capital federal, entre outras. A justificativa para os protestos tem sido o
preço considerado abusivo das passagens do transporte público. De fato, a
questão deve merecer maior atenção por parte dos governantes de todas as
instâncias, pois além dos preços que para muitos pesam no bolso , há as
condições precárias conhecidas, principalmente as de superpopulação, com cenas
quase diárias de usuários sendo tratados como gado, seja em trens, ônibus ou metrôs.
A população apóia a reivindicação e também a manifestação de protestos, quando
democrática e pacífica. Mas desaprova quando se apela para a violência, cujos
abusos tanto de manifestantes quanto dos policiais tomam proporções indesejadas
pela sociedade, afetando a segurança de todos.
Sabe-se que
há entre os revoltosos manifestantes, pagos ou não, para provocar a polícia com
desmesura, até que alguém seja atingido (principalmente da imprensa) e acusar
posteriormente a polícia, de excessos na repressão. Mas a polícia, por sua vez,
tem o dever de agir para garantir a ordem pública, e o clima tem ficado
bastante tenso, cuja situação delicada tem causado apreensão de muitos.
Em Brasília,
a justificativa dos protestos foi em relação aos gastos com infra-estrutura
para a Copa do Mundo de 2014, principalmente no estádio Mané Garrincha, cujas
cifras de investimentos cresceram enormemente, conforme. O tom das críticas
ressaltam as queixas antigas para que os governos dêem prioridade às demandas
nas áreas da Saúde e Educação e na área da transparência e honestidade nas
atividades públicas. De qualquer forma, salientamos a importância da busca de
entendimento (a exemplo do que aconteceu em São Paulo, quando a Secretaria de
Segurança Pública conversou com os organizadores dos protestos pela redução das
passagens do transporte público), no esforço de minimizar a ação da violência,
para que as manifestações ocorram de modo efetivamente pacífico e democrático.
De qualquer forma é importante entender essas manifestações como uma
conseqüência de um esgotamento da paciência, especialmente em relação ao Poder
político, que parece estar cultivando velhas maneiras de fazer política, que
prioriza os interesses dos políticos e não da população, que os colocou lá. A
política não pode inclusive ignorar o mundo cibernético como ferramenta de
redes e comunicação acelerada. A classe política precisa ouvir a voz das ruas e
os sussurros das praças. E...abaixo os violentos e os vândalos, que
‘fascistamente’ querem instrumentalizar a voz protestante do povo, liderada
pelos jovens!
OS ESTÁDIOS
PARA A COPA PAGO PELO POVO !!!!!!!
Foi
inaugurado, nestes meados de maio de 2013, mais um dos estádios brasileiros,
daqueles que estão sendo construídos ou reformados para a Copa do Mundo e,
depois, para as Olimpíadas, que também ocorrerá no Brasil.
Dona Dilma
estava lá, inaugurando o estádio de Brasília, dizendo que a entrega da obra,
que custou mais de dois bilhões de reais, é uma conquista do povo brasileiro,
que juntos conseguimos fazer grandes coisas, “apesar dos pessimistas de
plantão”.
Pois as
obras nos vários estádios que serão entregues para a Fifa fazer a próxima Copa
do Mundo, arrecadar a renda de tudo e ir-se embora com os bolsos cheios, sem
colaborar com um centavo para a preparação do evento, com efeito, estão sendo
pagas pelo povo, uma vez que é o dinheiro público que está sendo usado para
isso, dinheiro juntado com os altos impostos que pagamos.
Dinheiro
para a saúde, para a educação, para a segurança, que estão abandonados à
própria falência, não há, no Brasil, nos últimos tempos mais do que em outros
tempos. Mas bilhões e bilhões para pagar estádios e entrega-los à Fifa, para
que ela junte todo o dinheiro que a Copa do Mundo vai render e retirar-se do
país mais rica, isso há.
E o povo,
apesar de pagar as obras, é quem vai pagar os ingressos para formar o bolo que
a Fifa tirará do país.
Enquanto as
escolas públicas caem aos pedaços, sem manutenção e sem equipamentos para que
os professores mal pagos ministrem as aulas de primeiro e segundo graus para
nossos filhos, enquanto os hospitais deixam de atender os cidadãos brasileiros
por falta de funcionários, de médicos, de leitos e de equipamentos e eles
morrem sem atendimento, sem cirurgias e sem remédios, enquanto a segurança é
cada vez mais precária porque faltam policiais para estarem nas ruas, porque
não há verba para admitir mais recursos humanos, viaturas, etc., o país renova
seus estádios com o dinheiro público que deveria estar sendo direcionado para
as tantas obras que precisam ser feitas e ficam sendo adiadas. Isso sem falar
em mobilidade, infraestrutura, etc.
E nossa
presidente enche a boca para dizer “somos capazes” de realizar, sim, as obras
nos estádios, dentro dos prazos. Isso tem prioridade. E a educação, a saúde, a
segurança?
SÓ A
MAIORIDADE PENAL NÃO RESOLVE.
Não há
dúvidas de que uma das principais questões sociais do cidadão brasileiro hoje
passa pelo combate à violência, por isso os debates acerca da “delinquência
juvenil” têm sido a tônica. As autoridades, a mídia em geral e parte da
sociedade brasileira discutem sobre a redução da maioridade penal, o efeito e a
metodologia da “ressocialização”, essenciais às medidas de controle
social.
As
discussões são divergentes! Há quem diga que à vista da impunidade, o Estado
tem protegido mais os infratores do que o cidadão de bem. Mas o tema polemiza
mesmo em relação à redução da maioridade penal aos 16 anos e os locais de
cumprimento das medidas sócio educativas. Essas discussões, contudo, não tem
provocado resultados reais e o quantitativo de jovens infratores tem crescido
cotidianamente.
A
Constituição Federal, o Código Civil e o Estatuto da Criança e do Adolescente
preveem obrigações aos pais em relação aos filhos menores. A responsabilidade
dos pais vai muito além das relações entre pais e filhos; são responsáveis
também por danos patrimoniais em relação a terceiros, respondendo, ou deveriam
responder pelos crimes praticados por seus filhos menores, que estão submetidos
a seus cuidados.
“A maioria
das pessoas não quer realmente a liberdade, pois liberdade envolve
responsabilidade, e a maioria das pessoas tem medo de responsabilidade”.
Sigmund
Freud.
No Brasil,
fala-se muito em igualdade de direitos e obrigações, aliás, trata-se de
previsão da lei maior em seu art. 5. Mas, não se sabe o porquê os pais que
educam seus filhos cumprindo com suas obrigações, têm que ficar sem dormir,
preocupados com a falta de segurança, enquanto aqueles que deveriam educar seus
filhos, mas, que, no entanto, deixam de fazer, dorme o sono dos justos? Onde
está a igualdade de direitos e obrigações?
Os governos:
estadual, municipal e federal, não tem que ficar assumindo paternidade, mas
cobrar responsabilidade dos pais de acordo com a lei. É por isso que, ao ser
analisado o cenário atual do Brasil em relação aos menores infratores, menores
assaltantes, menores homicidas, menores ladrões e menores dependentes químicos,
fica a pergunta: será que a situação não seria outra ou não poderia ter sido
evitada, ou ainda, não poderá ser contida a partir das ações verdadeiras dos
pais assumindo responsabilidades?
As
circunstâncias em que as crianças e, principalmente os adolescentes passam
na construção do caráter. Significa que
no futuro ele condicionará o aprendizado que teve nessa etapa da vida levando-a
para a idade adulta. Se os pais não educam adequadamente seus filhos, ou não
assumem responsabilidades, não terão condições de educar seus filhos, onde,
futuramente poderão formar delinquentes juvenis.
A maioridade
penal aos 16 anos atenuaria parte dos crimes, ou melhor, puniria uma parcela
dos hoje menores infratores que cometem crimes. Mas e o que fazer com os
menores de dezesseis anos que têm praticado crimes bárbaros? Precisa-se colocar
em prática a aplicabilidade das leis que já estão disponíveis, o que não pode,
é fazer de conta que elas não existam e nada está a acontecer ou ficar
protelando atitudes que realmente apresentem resultados a curto, médio e longo
prazo.