quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O VALOR ESSENCIAL E AS FUNÇÕES DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

      ESCOLA FV.FABIO VICENTINI TREINAMENTO PARA HABILITADOS.





O VALOR ESSENCIAL E AS FUNÇÕES DA FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA

JUSTIFICATIVA.












A família sempre tornou-se um assunto de extrema importância.
Este estudo sobre a família traz o valor que se mostra o quão é importante o afeto, a intimidade e sobretudo o amor para um ser. Ninguém consegue viver só, a solidão não é benéfica para nenhum ser vivo..
As pessoas na maioria das vezes abordam questões familiares referindo-se de suas realidades mais próximas, ou seja, do conhecimento de suas próprias famílias.
Embora esta instituição apresente sempre aspectos positivos, fonte de apoio e solidariedade, há em alguns grupos divergências entre seus membros que descentraliza a família. Como conseqüência existe os contatos de maior ênfase com pessoas de fora do círculo familiar. As trocas afetivas e as comunicações sociais são realizadas portanto fora da família, composto de vizinhos, amigos e até criados. Infelizmente o conteúdo afetivo se empobrece.
Mas a família no geral impera o sentimento de união e amor resultando em fonte única de educação, reputação e de conforto pessoal.

INTRODUÇÃO
O mundo que vivemos hoje é de muita liberação, com isso os relacionamentos humanos se tornam cada dia mais difíceis. Baseado neste sentido muitas pessoas pensam que a família se dirige a falência.
A escolha livre é primordial à dignidade, porém pode ser desnorteante se não for usada adequadamente, e em nossa cultura consumista secular é um perigo real, pois infelizmente nem todos conseguem um matrimônio harmonioso.
A liberdade responsável de constituir uma família é exercida ao se viver a vocação matrimonial. O casamento verdadeiro não é uma combinação para atingir fins específicos ou gratificação pessoal e sim uma realização necessária na vida de muitas pessoas, pois ninguém vive só.
A verdadeira comunhão em família deve ser procurada e aceita como uma bênção, acalentada e nutrida em si mesmo.
O único lugar onde a doação verdadeira torna-se possível é na família, pois essa relação nasce do verdadeiro casamento.

1. FAMÍLIA

A evolução da humanidade assim como os estudos de várias culturas, demonstra e estuda a existência da família até hoje. Suas formas, suas transformações estão sempre modificando as concepções que tem o significado social dos laços estabelecidos entre os indivíduos desse grupo.
A família constitui a base da estrutura social, onde se originam as relações primárias de parentesco.
O conceito de família iniciou-se há mais de 300 mil anos, no período Neolítico, quando o homem deixou de ser nômade e passou a cultivar a agricultura e a criar animais.
Os homens neste período faziam a maior parte dos trabalhos preocupando-se com a sobrevivência de sua mulher e seus filhos. Em consequência disso, ele passou a ser considerado o chefe da família.
Assim nasceu a família patriarcal. Essas famílias eram comuns nas primeiras civilizações.
Na cultura oriental o pai tinha poder de vida ou morte sobre sua mulher e seus filhos, além de controlar os bens da família.
Na sociedade ocidental a família era um meio de transmitir a terra e outros bens de uma geração para outra.
A Revolução Industrial movimentou ainda mais o sistema doméstico, pois as famílias produziam seus alimentos e faziam a maior parte de suas roupas, seus móveis e utensílios.
Por muitos anos e ainda hoje a maioria das sociedades praticam uma forma de casamento denominada monogamia. A monogamia permite que uma pessoa tenha apenas um cônjuge de cada vez. No entanto, muitos outras culturas praticam a poligamia. A poligamia permite que uma pessoa tenha mais de um cônjuge ao mesmo tempo. Há dois tipos de poligamia, a poliandria e a poliginia. A poliandria permite que uma mulher tenha mais de um marido ao mesmo tempo, e a poliginia permite que um homem tenha mais de uma mulher ao mesmo tempo. Há ainda a grupal, união marital de vários homens e várias mulheres, o mais raro de todos. Podem ser encontrados entre os nativos das Ilhas Marquesas; os Roda, da Índia.
Apresentando-se tantos tipos de relações, são encontradas algumas espécies de família. Como por exemplo a família composta, ou seja, duas ou três famílias conjugadas, tendo como centro um homem ou uma mulher e seus cônjuges, é o caso de Bagandas, da África; Tamala, de Madagascar.
Existe ainda a família conjugada-fraterna e a família fantasma.
A família conjugada-fraterna refere-se a uma unidade composta de dois ou mais irmãos, suas respectivas esposas e seus filhos. O laço de união é consanguíneo.
A família fantasma consiste em uma unidade familiar formada por uma mulher casada e seus filhos e o fantasma. O marido não desempenha papel de pai, é apenas o genitor, pai biológico. A função de pater, pai social, cabe ao irmão mais velho da mulher, o fantasma.
Os padrões familiares de algumas sociedades ainda persistem na poligamia. É o caso de algumas aldeias indígenas brasileiras e canadenses.
Desde a antiguidade até meados do século XX, os chineses veneravam seus ancestrais e tinham um grande sentimento de lealdade em relação ao clã paterno. A família era uma forte unidade patriarcal, na qual as mulheres tinham pouca liberdade. O pai decidia com quem seus filhos deviam casar-se. Em geral, a noiva ia morar na casa da família do noivo. Ela era considerada uma estranha, sendo com freqüência tratada de forma cruel pela família do noivo, pois vinha de um outro clã. O único modo de ela merecer respeito era ter muitos filhos e assim aumentar o clã de seu marido.
O sistema familiar dos árabes mulçumanos é extenso e patriarcal. Os vínculos familiares são extremamente fortes; assim, em geral muitas famílias aparentados vivem perto uma das outras. A cultura dos árabes mulçumanos permite a poliginia, mas poucos homens a praticam. As mulheres têm pouca liberdade; na casa, vivem em cômodos separados, destinados às mulheres. Se um marido se divorcia de sua mulher, ela volta para a casa de seus pais, mas os filhos do casal permanecem na casa do marido.
Atualmente, comenta-se sobre a família homossexual, quando duas pessoas de mesmo sexo vivem juntas, com crianças adotivas ou resultantes de uniões anteriores. Ou ainda, no caso de duas mulheres, com filhos por inseminação artificial. Essa nova relação vem se tornando possível nos países onde tal opção de vida deixou de ser obstáculo legal à convivência com crianças, como na América do Norte.
No Brasil, persistem os casamentos monogâmicos, a família elementar, simples e imediata. É uma unidade formada por um homem, sua esposa e seus filhos, que vivem juntos em uma união reconhecida pelos outros membros de sua sociedade.

2. VALORES FAMILIARES  n
enhum ser vivo consegue viver sozinho, principalmente o homem, pois ele é um ser sociável que precisa amar e ser amado. Este é o motivo maior das pessoas que se unem em família.
Em uma sociedade como a nossa, onde o stress assola a vida de trabalho, é imprescindível que o meio ambiente seja de paz e harmonia. Qual é o marido ou filho que chega em casa e não quer ter refeição pronta, roupa lavada e atenção para si?
A família é valorizada a partir dos pontos de fraternidade, atenção, compreensão e amor.
O respeito mútuo de seus membros faz com que cada um realize seus objetivos mais facilmente na vida.
Geralmente as pessoas que mais tem problemas psicológicos, são de família mal estruturada. Costuma-se até dizer que é uma pessoa mal amada.
A família que se diz normal tem nos seus membros uma relação carinhosa e respeitável. E esses valores costumam perdurar por muitas descendências.
A relação familiar que não é prazerosa, na maioria das vezes são desmembrados.
Os fatores mais comuns apontados para a separação do casal são: adultério, esterilidade, incapacidade sexual, repugnância, negligência com a família, maus tratos, abandono, doenças, desinteresse, preguiça e morte.
As causas mais graves dessas dissoluções estão entre o adultério, maus tratos, desinteresse. O adultério dá-se quando um dos cônjuges leva uma vida amorosa de fantasias. Já a agressividade de maus tratos originam-se da falta de afeto, compreensão e impaciência que transcende o egoísmo do cônjuge.
O desinteresse partilha do casamento incapacitado de manifestações surpreendentes, onde a rotina e a preguiça colaboram para este fim.
O divórcio além de causar danos morais também efetua danos materiais, como a divisão de bens entre os cônjuges.
Infelizmente esses fatos não só dividem famílias como destroem a vida emocional de cada membro, principalmente dos filhos. Os filhos, que são as pessoas inocentes, no caso, é que sofrem mais, pois além de aliviar seu próprio sofrimento, tem que acalentar o sofrer de um dos cônjuges.
A família é o lugar natural onde o amor, que é o valor essencial e a mais profunda exigência humana, se realiza e se expande; amor mútuo do homem e da mulher; amor de ambos pelos filhos, que são a síntese viva deles mesmos e a garantia de sua prolongação e sobrevivência no tempo; amor dos filhos aos pais e dos irmãos entre si. Quando a família falha nessa função, os reflexos dessa falência podem traumatizar profundamente os seus membros e dar origem a desajustes psíquicos que repercutem em toda a sua vida, mesmo profissional e pública.
Muitas famílias, podem receber ajuda para a resolução de seus problemas através da Igreja ou psicólogos. Vários desses especialistas usam uma técnica chamada de terapia familiar, onde se reúnem famílias para discutir e solucionar seus problemas em conjunto.


3. FUNÇÕES DA FAMÍLIA
A família contemporânea não só aumenta os seus valores como também as suas funções.
A relação baseada no amor não se limita facilmente aos papéis tradicionais claramente demarcados, cuja natureza, de qualquer maneira, se modificou à medida que se alteraram as funções da família.
A função emocional, que tem como base a complementariedade dos sexos, garante aos membros da família a saúde mental e a harmonia do lar que gera o equilíbrio emotivo.
Mas nem só de emoções vive a família.
A educação, uma das funções principais da família, prolonga a precedente e proporciona à prole os meios necessários para participar da vida em grupo. A vida na sociedade requer em longo aprendizado, que só pode ser ministrado através de uma ação perseverante e carinhosa que desce aos mínimos detalhes. A tarefa maior é da mãe embora o pai tenha sempre grande participação. Eles, nossos pais, nos ensinam a assumir com naturalidade, inúmeros comportamentos e atitudes para enfrentar a vida social.
Contudo, a família ainda tem a função da procriação que garante a permanência e a eventual expansão do grupo. Continuando assim a constituição da responsabilidade da família, se bem alguns pais, cada vez mais, procurem assistência externa e não raro esperem que as escolas carreguem boa parte do ônus da socialização da criança e a prepare para papéis adultos.
A função econômica, pela qual a família procura os meios de sobrevivência e conforto, é a base material imprescindível ao desempenho das demais funções. Geralmente se realiza pela divisão do trabalho entre marido e mulher, Assim sendo, o casal trabalhando com fins monetários, alivia o orçamento do lar e aumenta o conforto da família.
A realização destas funções trazem a este grupo a realização profissional e pessoal da vida. Entretanto, não se encontra alguns desses fatores em famílias bem estruturadas.

4. A FAMÍLIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
A família brasileira, como em muitas outras, continua passando por transformações influenciadas por ideologias sociais. O meio econômico, a industrialização e a urbanização são as principais influências que realiza essas mudanças.
O Brasil mantém, desde a sua descoberta um modelo clássico trazido pelos imigrantes da Europa. Por outro lado, no início da história brasileira, havia a população vinda da África que eram tratados como escravos. Estas se dividiam quando eram vendidas nas feiras para os grandes fazendeiros. Mas com tantos maltratos, começaram a haver as modificações de Leis em relação a esses negros.
A Lei do Ventre Livre foi a primeira mudança no sentido do reconhecimento do direito da mãe negra ao seu filho, que não poderia ser negociado.
A partir dessas famílias começou-se a amplificação da população brasileira, havendo assim a miscigenação.
A miscigenação deu-se entre imigrantes europeus, índios e negros libertos. Formava-se então o início da família brasileira.
O respeito, a fidelidade no casamento, e em principal a educação eram e são valores primordiais nestas família. O divórcio, naquela época, era impensável, pois só a morte de um dos cônjuges é que fazia a separação.
Ainda há quem fale dessa época com saudades, onde refere-se de uma vida familiar mais saudável e de membros mais responsáveis. Contudo, hoje em dia há diferenças concretas entre as famílias. Há várias classes sociais que fazem a divisão de cultura.
Infelizmente o Estado impede o desenvolvimento da cultura de classes baixas. Há muitos filhos que deixam seus pais nas zonas rurais e partem para uma vida melhor na zona urbana.
Existe ainda muitas famílias nucleares em que o casal não é unido por laços legais, ou a mulher é quem chefia a família.
A classe média e a classe alta mantém a formas patriarcal onde as responsabilidades materiais do lar e da família são do esposo.
A família negra brasileira não apresenta hoje em dia características distintas das outras, elas, no geral, correspondem ao subproletariado urbano.
Pensamos então que a família brasileira cresce a cada ano e seu desenvolvimento tende a ser de forma expandida, pois a cultura brasileira se fortalece entre as demais culturas.

COMENTÁRIOS FINAIS
A família contemporânea mudou algumas normas que pareciam inquebráveis, como a família patriarcal, a escolha de cônjuge que os pais faziam para suas filhas, a divisão de tarefas. Estas são algumas das mudanças que se vê claramente nos lares de hoje.
Felizmente a poliginia, mesmo em alguns países do continente africano, não tem força para permanecer, pois a fidelidade de um só cônjuge tem um grande valor no casamento, até mesmo para os filhos.
As relações dentro da família contemporânea foram inevitavelmente afetadas pelo papel e pelo status, que se modificam, das mulheres. Sua maior independência econômica e sua igualdade política e legal contribuíram para uma relativa igualdade dentro da família. O tradicional padrão patriarcal, muito lógico numa unidade de produção, que exigia direção e liderança, dificilmente sobreviverá numa família que passou a desempenhar o papel importante como repositório de afetos. Ainda que perdure o valor essencial da família que é o amor. A tradicional divisão do trabalho dentro do lar, que refletia o status superior do homem, também foi substancialmente alterada.
Embora ainda exista uma evidente divisão entre as tarefas dos homens e das mulheres, os primeiros freqüentemente lavam pratos, trocam fraldas, manejam o aspirador de pó e fazem compras, embora seja provável que isso se verifique com mais freqüência em certas fases do ciclo de vida familiar do que em outras. Não só o declínio verificado nos padrões tradicionais de autoridade, mas também as apagadas distinções entre as obrigações dos homens e das mulheres se refletem no cotidiano dos novos casais.



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