ESCOLA FV.FABIO VICENTINI TREINAMENTO PARA HABILITADOS.
Não visto 44, 46 ou 48 e morro de orgulho por usar perfeitamente uma calça 38. Mas acontece que sou adepta à causa que coloca abaixo qualquer padrão de beleza estúpido que essas mídias sociais impõem. Não critico quem é feliz usando 48. Não condeno quem faz dieta e quer passar a todo custo em uma calça 36. Porém, essa semana, a loja de departamento Marisa lançou sua campanha publicitária de verão. O comercial deixa claro que só é feliz quem faz uso de dietas para emagrecer, quem passa dias sofríveis comendo alimentos “saudáveis” para aí sim usar uma roupa da loja e aproveitar o verão. (Entenda mais assistindo o comercial logo abaixo.)
Nada contra a campanha publicitária, mas a empresa deveria repensar potencialmente suas clientes e reformular a propaganda. A mesma empresa que criou uma linha plus size há pouco tempo atrás é a mesma que elimina tais mulheres também reais da propaganda mais importante da campanha. Mulheres magras de corpo esguio existem aos montes. Mulheres de quadris largos, seios fartos e que são felizes por isso também existem. E como tais, deveriam ser incluídas nas coleções de todas as lojas do país.
Mas me pergunto até quando esse mundo irá focar em um ou outro corpo feminino. Até quando modelos magras e plus size vão aparecer em comerciais e campanhas diferentes, porque se trata de públicos diferentes. Não! São todas mulheres que consomem diariamente uma quantidade imensa de produtos de um mercado que tenta impor a todo custo uma perfeição que não existe. Um mercado que não aceita alguém feliz usando uma numeração maior. Um mercado que ilude, seduz pela falsa beleza e atrai, mesmo assim, milhares de mulheres todos os dias.
Me pergunto qual o limite da auto-aceitação. E o que pensa mulheres que querem emagrecer todos os dias a qualquer custo simplesmente porque a sociedade é magra e feliz. Não, a sociedade não é magra e feliz, e ela nunca sequer vai ser. Parece que algumas pessoas ainda não entenderam que é a diversidade que dá graça a tudo isso que existe. Que um só padrão é pura bobagem.
E empresas publicitárias, esse é o jeito errado de mostrar a mulher brasileira. É o jeito errado de valorizar a diferença física que temos nesse país. É o jeito errado de nos pedir que compremos roupas para o verão. Até porque, o verão é de todas nós e o ideal é conquistar todo público e não somente uma mísera parte que sequer entra em uma calça 40.
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