Dia 23 de julho dia da polícia rodoviária
O guarda
rodoviário é polícia também!
O
policiamento rodoviário visa proporcionar mais tranqüilidade e segurança aos
usuários, por meio de ações preventivas, para evitar a ocorrência de acidentes,
orientar e multar infratores, o que hoje em dia está bem comum.
Você sabia
que suas bases operacionais também servem como postos de atendimento e auxilio
ao público e como pontos para prestação de serviços sociais nas campanhas de
vacinação e arrecadação de agasalhos?
Carlos
Miranda, ator do primeiro seriado produzido especialmente para a televisão em
toda a América Latina, com o maior índice de audiência já registrado no Brasil,
nasceu em São Paulo, capital, a 29 de julho de 1933.
Começou sua
carreira como cantor de circo e de parques de diversões aos 15 anos, logo em
seguida indo trabalhar nas empresas Maristela e freqüentando os grupos do
Teatro Popular do SESI, onde fez curso de ator, estreando na peça “O Ídolo das
Meninas” de Gastão Tojeiro, levada no teatro Colombo no Largo da Concórdia em
São Paulo, hoje Praça da Concórdia (o teatro já não existe mais). Trabalhou nos
estúdios da Maristela no Jaçanã até o seu fechamento. De lá saíram os
equipamentos para a montagem do primeiro estúdio de dublagem de filmes
estrangeiros do Brasil.
O seriado
“Vigilante Rodoviário”, era patrocinado pelos produtos Nestlé e o nome da série
para a TV era para ser: “O Patrulheiro” e o registro foi feito naquela ocasião,
porém pouco antes da data de lançamento, a Toddy (Achocolatados) estreou um
seriado estrangeiro com o titulo “Patrulheiros Toddy”. O Sr. Ary Fernandes
(Criador e diretor da série “Vigilante Rodoviário”), em reunião com o Sr.
Gilberto Valtério (Diretor da Nestlé), sugeriu o embargo da concorrente pelo
uso do título registrado, mas este diretor da Nestlé, solicitou ao Sr. Ary
Fernandes que colocasse outro nome no seriado, para evitar conflitos com uma
concorrente do mesmo seguimento de mercado, sendo assim o Sr. Ary rebatizou sua
série, com o nome que a fez tão famosa até os dias de hoje.
O seriado
“Patrulheiros do Oeste” existiu, porém foi exibido pela TV muitos anos depois
do “Vigilante Rodoviário”.
O primeiro
episódio da série O Vigilante Rodoviário®, foi ao ar em março de 1961, na Rede
Tupi Canal 4 numa (4ª) quarta-feira, às 20:05pm. Já no primeiro mês de exibição
disparou na frente dos concorrentes para se tornar o campeão de audiência com a
expressiva marca de +-45%. Como na época só 30 % das casas possuíam televisão,
o produtor e o diretor acharam importante transformar a série em um filme de
longa metragem, unindo 4 episódios e em seguida mais 4. O lançamento foi no
cine Art-Palácio em São Paulo, resultando em uma divulgação nacional e assim ,
um fenômeno de bilheteria.
Curiosidades
a respeito da produção não faltam: como o orçamento era apertado foram
convidados a fazer parte do filme atores em início de carreira como: Fulvio
Stefanini, Rosamaria Murtinho, Ari Fontoura, Stenio Garcia, Juca Chaves, Ari
Toledo, Toni Campelo, Milton Gonçalves, Luis Guilherme, e outros. Hoje são
nomes conhecidos nacionalmente. Na época não havia televisão colorida, vídeo
tape, e o equipamento era simples de cinema profissional de bitola de 35 mm.
Para ser exibido em televisão era reduzido para 16 mm.
Após o
término da série em 1962, Carlos foi convidado pelo então Comandante Geral da
Força Pública General de Exército João Franco Pontes para ingressar na carreira
de policial, pois para interpretar o personagem do Vigilante, ele tinha feito a
escola de Policiais Rodoviários em Jundiaí. Depois de 25 anos na Polícia, e
tendo feito todos os cursos na corporação, em 1998 passou para a reserva como
Tenente Coronel PM RES.
O sucesso da
série, lembrada até hoje pelas pessoas com mais de 45 anos, é digno de estudos
na área de propaganda e marketing, bem como na de antropologia e sociologia.
Hoje Carlos
Miranda participa de encontros de colecionadores de carros antigos, além de dar
palestras e de se apresentar em comemorações de festas cívicas como símbolo das
Polícias.
A Volta do
que não foi
O Vigilante
Rodoviário - 1978 Um dos maiores sucessos da extinta TV Tupi, a série O
Vigilante Rodoviário, foi ao ar entre os anos 1961 e 1962. Com apenas 38
capítulos, o programa teve tanto êxito que o protagonista, Carlos Miranda,
acabou se tornando policial de verdade. Por isso quando o roteirista e diretor
Ary Fernandes decidiu gravar o piloto de uma nova versão do programa em 1978, o
escolhido para o papel-título foi o galã Antônio Fonzar.
Mas a
iniciativa não deu certo na época e o longa Vigilante Rodoviário será exibido
em primeira mão para matar a saudade dos fãs mais ardorosos. Na trama, o
honesto homem da lei investiga uma quadrilha falsificadora de dinheiro.
Dia 26,
segunda, 20h30, Canal Brasil, 66.
Tema do
Vigilante Rodoviário (Original)
"De
noite ou de dia,
Firme no
volante,
Vai pela
rodovia,
Bravo
Vigilante.
Guardando
toda estrada,
Forte e
confiante,
É o nosso
camarada,
Bravo
Vigilante,
O seu olhar
amigo,
É o farol
que avisa do perigo,
Audaz e
temerário,
Para agir a
cada instante,
Da estrada é
o Vigilante,
Vigilante
Rodoviário!"
A Verdadeira
História Do Lobo
Lobo
Relatada
pelo filho de Luiz Afonso que foi o dono e adestrador do Lobo.
Lobo nasceu
em abril de 1955 em São Bernardo do Campo, dentro do Parque Estoril.
Na ocasião
um tio meu estava fazendo serviços de pintura na casa de um casal de alemães
que moravam no parque. Quando meu tio terminou o trabalho, eles ofereceram a
ele um filhote de uma ninhada que havia nascido a pouco tempo atrás . Meu tio
levou o filhote para casa. Nessa época toda nossa família morava em um mesmo
quintal. Quando meu pai Luiz Afonso viu o cachorro pediu ao meu tio quem desce
o filhote a ele, pois estávamos de mudança para outra casa no mesmo bairro.
Fomos morar numa casa grande com um bom quintal nos fundos. Ali meu pai
improvisou alguns equipamentos para adestrar cães. Muitas pessoas levavam seus
cães para que meu pai os adestrasse. Lobo ficava sempre solto e até ajudava a
tomar conta dos outros cães.
Sendo meu
pai soldado da extinta Força Pública, Lobo o acompanhava em suas rondas
policiais. Ele era super inteligente e assimilava rapidamente tudo o que meu
pai ensinava, inclusive ajudava em buscas e apreensões de bandidos, muito antes
de se tornar o companheiro do Vigilante Rodoviário no filme.
Lobo era
conhecido no quartel da Força Pública, e foi a partir daí que o descobriram e o
convidaram para atuar em comerciais como os do Móveis de Aço Fiel, do qual ele
até hoje é o símbolo em seu e também foi quando o levaram para ser o cão do
Vigilante.
Antes do
seriado Lobo era chamado de King, que foi o nome que meu pai tinha dado a ele
desde que nascera. Ma o nome foi trocado pois os filmes eram brasileiros e não
ficava bem um animal com nome estrangeiro num filme nacional.
Na época da
filmagem meu pai era dispensado nos horários de trabalho do Lobo, para
acompanhá-lo e orientá-lo nas cenas. Lembro-me que ele era tão inteligente que
atendia pelos 2 nomes, pois parece que sabia que agora tinha um “nome
artístico”.
Quando
terminaram as filmagens Lobo começou a ter problemas de saúde. O mais grave era
uma infecção na tiróide que ocasionou um grande inchaço no pescoço.
Veterinários fizeram uma cirurgia, mas depois disso ele nunca mais foi o mesmo.
Começou a ficar triste, muito parado, e andava devagar pelos cantos da casa.
Normalmente
quando meu saía para trabalhar ele o seguia querendo acompanhá-lo, mas outras
vezes meu pai não podia levá-lo e percebendo seu estado o deixava em casa para
que ele se recuperasse.
Com essa
mudança de hábitos, Lobo começou a sair de casa sozinho pulando o muro e só
voltava horas depois. Ele costumava acompanhar minha irmã e eu até a escola e
voltava direto para casa, mas à vezes demorava mais do que o necessário.
Por diversas
vezes algumas pessoas o viam na ruas próximas e vinham avisa-nos para que nós o
fossemos buscar. Com o tempo suas saídas se tornaram mais constantes, mas mesmo
assim meu não gostava de trancá-lo.
Um dia Lobo
saiu de casa logo pela manhã quando meu pai saiu para o trabalho. Demorou muito
para voltar e como já estava na hora de ir para a escola estranhamos seu
atraso, e saímos perguntando para as pessoas na rua se não o tinham visto pelas
redondezas. Como não o encontramos fomos procurar meu pai e avisar que o Lobo
tinha sumido. A notícia se espalhou pelo bairro e muitas pessoas se juntaram
para procurá-lo.
Não
encontramos o Lobo naquele dia. Só no dia seguinte, um catador de lixo veio até
nossa casa dizendo que tinha visto um cachorro morto no lixão da Vila
Guilhermina. Meu pai foi até o local e infelizmente reconheceu seu amigo de
tantos anos. Isso foi em 1971.
Lembro-me
que choramos muito, e meu pai nunca mais quis ter outro cão.
Meu pai
tinha cópias dos filmes e então começou a passar nas escolas da região para que
todos não se esquecessem do maior herói canino da televisão brasileira.
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