Testes de gravidez: dá para confiar?
Os testes de farmácia são confiáveis desde que observadas suas especificações.
Frio na barriga. É o mínimo que uma mulher sente na hora de confirmar uma gravidez. E antes de procurar um médico para realizar o exame laboratorial, quase toda mulher realiza o teste em casa através da urina. E muitas vezes repetem o exame 2, 3, 4 vezes até ter certeza que o resultado está correto. Afinal, dá para confiar nos testes feitos em casa? Ou para ter certeza mesmo só realizando o exame de sangue?
Nas farmácias é possível encontrar dezenas de marcas diferentes de testes. A grande vantagem é que esse tipo de exame feito em casa tem baixo custo, é fácil de realizar e o resultado é confiável. Basicamente, todos funcionam da mesma forma, medindo a quantidade de HCG, o hormônio gonadotropina coriônica, produzido durante a gravidez e presente na urina da gestante.
A grande diferença entre os produtos, que pode ter uma variação significativa de preços, é a sensibilidade do teste (nem sempre os mais caros são os mais sensíveis). Algumas marcas conseguem detectar níveis bem baixos do hormônio, até 12 dias após a ovulação. Nesses casos, a confirmação da gravidez pode acontecer antes mesmo do atraso da menstruação. Outros testes, não tão sensíveis, só devem ser realizados a partir do primeiro dia de atraso do ciclo menstrual, ou seja, cerca de 14 dias após a ovulação.
Se o resultado do teste de farmácia der positivo é praticamente certeza que a mulher está gravida (em alguns casos pode ter ocorrido a fecundação, mas a gravidez pode não ter evoluído). E em caso de resultados negativos, como indicam as instruções nas embalagens, o teste deve ser repetido dentro de alguns dias, especialmente se tiver sido realizado logo nos primeiros dias após o atraso da menstruação.
A necessidade de repetir o exame não significa que o primeiro teste deu erro. O que ocorre é que o nível de HCG vai subindo durante a gestação (ele dobra a cada dois dias). Dessa forma, o hormônio pode não ter sido detectado na primeira análise de urina, mas em um ou 2 dias já pode ter aumentado a ponto de ser detectado no teste.
Outro motivo para repetir o exame dentro de alguns dias é que o corpo da mulher nem sempre funciona como um reloginho. E é impossível saber a data exata da ovulação. Mesmo mulheres com o ciclo bem regular podem ter variações de alguns dias em determinados meses, sendo impossível determinar o dia exato da fecundação.
Já o teste laboratorial é feito através de analise de sangue e aponta a presença de uma fração do hormônio HCG, chamada de Beta (BHCG). É bastante sensível e preciso e pode ser realizado a qualquer hora, diferente de alguns testes de farmácia que devem ser realizados com a primeira urina do dia, que é mais concentrada.
A grande diferença é que o exame de sangue pode ser qualitativo ou quantitativo. O primeiro aponta apenas se o resultado é positivo ou negativo. Se o médico solicitar o exame quantitativo, é possível não apenas confirmar a gravidez como também avaliar a idade gestacional de acordo com a quantidade de hormônio encontrada.
O exame laboratorial considera que acima de 25 IU/l de HCG a mulher está gravida, enquanto a maioria dos exames de farmácia só detecta a presença do hormônio acima de 50 IU/I (alguns testes mais sensíveis conseguem detectar acima de 20 IU/I na urina). Em geral, o exame laboratorial pode ser realizado até de 12 dias após a ovulação.
Diferente dos testes de farmácia, que mostram o resultado em apenas alguns minutos, o resultado do exame de sangue pode demorar algumas horas ou até dias, dependendo do laboratório onde foi realizado.
Há ainda outro exame, o de toque, feito pelo ginecologista no consultório, que pode detectar a gravidez. Geralmente o médico pode observar alguns sinais que indicam a gestação, como alterações na textura do colo uterino e no tamanho e formato do útero. Em casos de suspeita, o ginecologista costuma solicitar o exame laboratorial para confirmar a gestação.
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