terça-feira, 7 de maio de 2013

FÉRIAS SAUDÁVEIS...


      ESCOLA FV.FABIO VICENTINI TREINAMENTO PARA HABILITADOS.


Férias saudáveis:

 

O que você precisa fazer para assegurar um descanso sem sobressaltos e voltar revigorado

por Ieda Maria

Enfim, chegou a hora do seu merecido descanso. Mas, antes de pôr o pé na estrada ou cruzar o check-in do aeroporto para curtir o dolce far niente, é bom tomar precauções para evitar surpresas desagradáveis nesse período. Em primeiro lugar, é preciso garantir que irá chegar cheio de energia ao local que escolheu para relaxar e, em segundo, que irá voltar revigorado. “Estamos acostumados a cepas de bactérias e vírus comuns no ambiente em que moramos”, explica Jorge Mattar Júnior, médico do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo. “Ao viajar, entramos em contato com tipos diferentes para os quais não desenvolvemos defesas, ficando mais suscetíveis a doenças.” Veja nossas dicas para férias mais saudáveis.
Conselhos para ficar bem durante o trajeto

Uma viagem de avião pode ser uma experiência pouco agradável quando a gente está despreparado. A advogada Fernanda Pereira, de 27 anos, não se esquece do seu primeiro vôo, entre São Paulo e Recife, em 1997. “Senti dores lancinantes no ouvido.” Isso ocorre na decolagem e na aterrissagem devido à resposta do corpo às mudanças de pressão do ar.

“A pessoa sofre os impactos dessa alteração, que resulta em dor, redução da capacidade auditiva e até sangramentos”, explica Thaís Russomano, especialista em medicina aeroespacial. Mascar chiclete ou soprar com o nariz e a boca fechados aliviam o incômodo. Bebês devem mamar nessa hora. Tudo para facilitar a entrada e a saída de ar do ouvido. A baixa umidade também é capaz de ressecar os olhos e a pele. Tenha sempre à mão cremes hidratantes, colírios ou soro fisiológico.

Pelas estradas


Já ouviu falar de enjôo de movimento? É assim que os médicos chamam a indisposição que muitos sentem ao andar de carro. “Percursos longos ou com curvas mexem no labirinto, área do ouvido responsável pela nossa orientação espacial”, diz Arnaldo Lichtenstein, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. “É como tirar o chão dos pés, gerando o enjôo.” Essa sensação não tem a ver com a comida ingerida. A aposentada Maria Isabel Lisboa, 54, sabe disso. Quando viajava com a família de carro, uma de suas filhas sempre passava mal. “Eu dava alimentos leves e mesmo assim ela vomitava.”


• Remédios, só os essenciais
• Leve analgésicos, medicamentos para enjôos e antitérmicos
• Não é necessário carregar uma farmácia inteira na bagagem. “Costumo recomendar apenas analgésicos, remédios para enjôos, antitérmicos e materiais para fazer curativos simples”, afirma o clínico geral Arnaldo Lichtenstein. “Surgindo problemas mais graves, é preciso procurar auxílio médico.” Quem toma regularmente algum medicamento precisa pedir ao médico, antes da viagem, um certificado que especifique o remédio, seu princípio ativo e a quantidade que estará em seu poder. Isso evita transtornos nas inspeções alfandegárias.


Tá quente ou tá frio?

Dicas para quem vai congelar ou pegar altas temperaturas

• Cercado pela neve

Se você está de malas afiveladas para áreas gélidas, leve soro fisiológico. “Nesses locais, os ambientes são aquecidos por calefação, o que reduz a umidade do ar, ressecando os olhos”, explica o diretor do Banco de Olhos do Hospital São Paulo, Elcio Hideo Sato. Óculos com lentes que barram a ação dos raios ultravioleta são uma boa pedida para quem vai enfrentar neve. “Por ser branca, ela reflete a luz do sol, aumentando sua intensidade”, alerta. Já o ar frio pode irritar as vias aéreas e elas se tornam mais vulneráveis a infecções. “Além disso, as pessoas ficam em lugares fechados, onde há maior risco de contaminação”, diz Jorge Mattar Júnior, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

• Sol, mar e muito, muito calor

Se o seu roteiro inclui paragens quentes, previna-se contra a “diarréia do viajante”. Seus sintomas surgem nos primeiros dias da viagem e ela é causada por vários vírus e bactérias, sobretudo pela Escherichoa coli. “A transmissão se dá pelo consumo de água não tratada ou por comida contaminada, que, no calor, se deteriora mais fácil”, diz Jorge Mattar Júnior. A saída é tomar cuidado com a dieta (leia quadro ao lado). Temperaturas altas também podem causar queda de pressão e desidratação. Para isso só há um remédio: beber muito líquido. “A hidratação ajuda a preencher os vasos que se dilataram com o calor”, explica Lichtenstein.

De olho na dieta

Prefira as comidas cozidas

Não importa o destino escolhido. Você deve estar atento à qualidade da comida que irá consumir para evitar a intoxicação alimentar. Descarte produtos que estejam expostos ao ar livre, sem refrigeração. “Isso facilita a proliferação de bactérias”, avisa Arnaldo Lichtenstein. Dê preferência a pratos cozidos e a frutas que possam ser descascadas. Os pratos típicos e alimentos produzidos na região são normalmente mais frescos. Não cometa excessos e, caso não esteja acostumado, evite comida gordurosa e carnes, que vão exigir mais do seu corpo na digestão.

O atlas da vacinação

Em 124 países, é exigida a imunização contra febre amarela

Saia de casa prevenido

A Organização Mundial da Saúde exige que o turista se vacine contra a febre amarela para entrar em 124 países onde há riscos de transmissão da doença. Quem viaja para o México, a África, a Austrália, a China ou a Índia, por exemplo, precisa apresentar um certificado de imunização contra esse mal. Oferecendo proteção de quase 100%, a vacina confere imunidade por dez anos, mas deve ser tomada dez dias antes do seu embarque para que o corpo desenvolva anticorpos necessários contra o vírus causador da infecção. Se você vai para algumas regiões do Brasil, como o Centro-Oeste e o Norte, é aconselhável se prevenir contra a doença. Agora, é só fechar as malas e boa viagem!
• As companhias aéreas têm kits de primeiros socorros com poucos remédios. Há ainda estetoscópio, injeções de glicose e adrenalina e luvas cirúrgicas, que só podem ser usados se houver médico a bordo
• Quem tem enjôo pode tomar remédios antes da viagem. Os motoristas devem ficar longe deles, pois causam sonolência
• Preste atenção na qualidade da água. Evite pedir bebidas com gelo. Afinal, não há como garantir que eles foram feitos com critérios de higiene
• Quem usa e depende de óculos para fazer as tarefas do dia-a-dia deve levar um reserva. Se perder ou quebrá-los poderá continuar a viagem sem problemas
• Antes de viajar para o exterior, pegue os endereços das representações do Brasil lá fora.

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PROTEJA-SE DA MICOSE:

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Proteja-se da micose:

 

Calor e umidade: eis o ambiente ideal para a proliferação de fungos, microorganismos que podem se alojar na pele e nas unhas, causando infecções incômodas e resistentes. Aprenda a barrar esses hóspedes indesejáveis durante o verão, época em que eles deitam e rolam

por Suzel Tunes

Só a bela e perfeita bailarina da música de Chico Buarque é que não tem “coceira, berruga nem frieira”. Na vida real todo mundo pode ser vítima dos fungos causadores de micoses, especialmente nos dias quentes. E a frieira, também chamada de pé-de-atleta, é uma das mais comuns. Basta observar a pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e pelo laboratório Janssen-Cilag. Ela constatou que metade da população tinha algum tipo de doença nos pés. E o principal diagnóstico (62,8% desse grupo) era o de infecção fúngica.
Os especialistas costumam classificar as tais infecções fúngicas em superficiais ou profundas. As primeiras são endêmicas, isto é, ocorrem quando as condições ambientais — calor, umidade, pouca luz e presença de matéria orgânica — favorecem o crescimento de fungos. Já as micoses profundas, em geral oportunistas, acometem pessoas que apresentam grave deficiência imunológica. É o caso de pacientes de câncer, aids ou os internados em unidades de terapia intensiva, alvos fáceis de microorganismos que podem invadir órgãos internos e causar altos índices de mortalidade. “Em média os óbitos chegam a 40%, mas, nos casos mais graves, 70% dos infectados acabam morrendo”, revela a infectologista Maria Luiza Moretti, professora da Universidade de Campinas, no interior paulista. Segundo ela, essas infecções invasivas vêm aumentando nos últimos anos, fruto paradoxal da eficácia da Medicina no tratamento de doenças graves. Explica-se: a maior sobrevida e o tempo prolongado em ambiente hospitalar elevam o risco de infecções. Felizmente têm surgido novos medicamentos antifúngicos que tendem a reduzir o número de vítimas fatais.
As micoses superficiais — que atingem pele e unhas — em geral não trazem maiores riscos para a saúde da imensa maioria da população. O que não quer dizer que dispensem atenção. “Elas comprometem a qualidade de vida e devem, sim, ser tratadas”, enfatiza Maria Luiza.
Uma micose começa como um problema estético que, de imediato, afeta a vida social. Coceira, inflamação ou escamação da pele e deformação nas unhas são sintomas comuns. Se não for tratada adequadamente, pode ficar bastante incômoda e dolorosa. Nos pés, por exemplo, são a porta de entrada para infecções bacterianas, o que piora o quadro. O desconforto chega a interferir no andar, causando problemas ortopédicos. Os diabéticos devem ter um cuidado especial, pois são particularmente suscetíveis a ferimentos e infecções graves.
Para descartar a possibilidade de alergias e até hanseníase, o primeiro passo é procurar um dermatologista, que deve colher material para exame micológico. “Só assim será possível identificar com segurança o tipo de fungo e prescrever o tratamento mais eficaz”, afirma a dermatologista Carmélia Reis, chefe do Laboratório de Micologia do Hospital Universitário de Brasília. Nem pense em automedicação. Em geral é desastrosa, pois o bicho fica mais resistente, o que dificulta a cura. Alguns tipos de micose são tratados em poucos dias com o uso de cremes antifúngicos. Porém, certos fungos, especialmente os que afetam as unhas, são duros na queda. O tratamento é via oral — longo e caro, infelizmente.
“Cada comprimido custa em torno de 8 reais e são necessários dois por dia durante quatro a seis meses”, alerta Carmélia. Ficar com o maiô molhado o dia inteiro e andar descalço na praia ou na piscina são hábitos de verão que fazem da pele o paraíso dos fungos. Nos homens são comuns micoses na virilha. As mulheres sofrem com a candidíase na região vaginal. Por isso, após o banho enxugue bem o corpo, principalmente nas dobras, como as regiões sob as mamas, e entre os dedos.
Alguns tipos de fungo habitam o organismo humano sem maiores problemas. Porém, se eles se multiplicam anormalmente, a coisa se complica. Isso acontece não só quando as condições ambientais são inadequadas, mas também se houver queda de resistência imunológica. Outra hipótese (os estudos não são conclusivos) é a da predisposição genética. Esse é o caso da Candida albicans, agente da candidíase, que pode ser encontrada naturalmente no intestino humano. Na maioria das micoses de pele e unhas, o fungo é adquirido após contato com o chão de um vestiário contaminado, com toalhas ou roupas de uma pessoa infectada ou por meio de instrumentos de manicure não esterilizados. O contágio em salões de beleza, aliás, é bastante comum, alerta a médica Carmélia Reis. Não basta esterilizar cortadores, tesouras e alicates. Reaproveitar lixas de unha, espátulas ou palitos de madeira também causa o problema. “O ideal é levar o próprio material de casa e não retirar totalmente a cutícula, que protege as unhas”, recomenda a dermatologista.
Algodão é melhor que náilon
As fibras naturais, como o algodão, deixam a pele respirar e não retêm suor. Por isso são as mais indicadas para roupas íntimas e meias. A mesma preocupação vale para os calçados. Evite os que abafam muito os pés ou os façam transpirar, como os tênis e as sandálias de plástico. O ideal é não usar o mesmo sapato por dois dias seguidos e guardá-lo em local arejado. E quem gosta de jardinagem deve usar luvas para evitar contaminação por fungos existentes no solo. Tomando cuidados tão simples quanto esses é possível aproveitar as delícias do nosso calor tropical sem risco de carimbar a pele com os vestígios das chatíssimas micoses.
Couro cabeludo
Esse tipo de micose é raro em adultos, mas altamente contagioso em crianças. Forma áreas arredondadas com falhas no cabelo, escamação da pele e coceira. Requer tratamento por via oral. A caspa não é uma micose, mas a descamação serve de alimento para o fungo Pityrosporum ovale.
Boca
A levedura Candida albicans, causadora da candidíase, afeta geralmente as mucosas. A infecção bucal, chamada de sapinho, é comum em bebês, produzindo placas brancas de aspecto cremoso, muito dolorosas. Na região vaginal, os sintomas são coceira, queimação e secreção branca ou amarelada.
Costas
Micose de praia, nome popular da pitiríase versicolor, é causada pelo fungo Malassezia furfur, um habitante natural da pele. Apesar do nome, não é na praia que se pega esse fungo. O calor e a oleosidade provocam sua multiplicação e fazem surgir manchas que variam do branco ao castanho, tornando-se mais evidentes com o bronzeamento.
Virilha, dobras, sob as mamas, entre os dedos
Lesões de cor avermelhada, escamação e coceira costumam ser os sinais das micoses cutâneas superficiais. Elas são provocadas por uma imensa variedade de fungos e atingem os locais que retêm maior calor e umidade.

Pé-de-atleta, ou frieira, costuma causar coceira, descamação intensa, fissuras na pele, inflamação e bolhas nas laterais dos pés e, sobretudo, entre os dedos. E pode abrir caminho para infecções bacterianas.
Unha

Dependendo do tipo de fungo, essa micose pode manifestar-se como um espessamento, deformação ou mudança de coloração da unha. Às vezes ela fica quebradiça ou se descola do dedo. É uma das mais resistentes.


Nem bichos, nem plantas

Foi num reino à parte — chamado fungi — que os cientistas resolveram classificar esses seres microscópicos que se dividem em bolores (pluricelulares) e leveduras (unicelulares). Encontrados no meio ambiente, em animais e seres humanos, precisam de calor e umidade para se desenvolver. Os que vivem sobre a pele humana alimentam-se de gordura ou da proteína queratina, a principal constituinte de pele, unhas e cabelos. Existem mais de 200 mil tipos de fungo, dos quais cerca de 100 causam micoses. A ciência que os estuda é a micologia — do grego mykes, fungo.



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A AMEAÇA DO VERÃO...

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A ameaça do Verão:

 

Os números são maiores do que se imagina e a garotada de classe média é a mais frágil, só que ninguém dá a devida atenção a nada disso. É nesta época que o vírus da doença pega onda no nosso organismo. Vacine sua família para dar um caldo nesse vilão

por Diogo Sponchiato

À beira-mar as crianças se divertem brincam de jacaré e jogam água umas nas outras. Aí vem a sede. A barraca da praia oferece refrigerante e um copo cheio de gelo para refrescar ainda mais a bebida sob o sol. E tem ainda aquelas pedrinhas no balde de cerveja do pai a tentação é colocá-las na boca, uma delícia no calor... Mas o vírus da hepatite A se esconde tanto na água doce quanto na salgada. Ou seja, pode estar naquelas gotas engolidas sem querer em um mergulho no mar poluído por esgotos não tratados ou no gelo feito com água de uma fonte contaminada.
Uma vez dentro do corpo, o vírus logo se instala no fígado, onde indiretamente faz alguns estragos (entenda isso no infográfico). As vítimas mais freqüentes são crianças entre 5 e 9 anos talvez porque sejam velhas demais para um adulto ficar em cima o tempo inteiro e novas demais para serem tão preocupadas com higiene. A doença é mais avassaladora, porém, nos adolescentes.
A princípio não haveria motivo para preocupações. Ora, existe vacina para a hepatite A. Mas a questão é que ela não faz parte do calendário oficial de imunização determinado pelo Ministério da Saúde. Muita gente fica sem acesso, por ter de pagar. E outros, mesmo freqüentando clínicas particulares, nem sabem da sua existência. A vacina não ser incluída no rol determinado pelo governo é insensato, afirma a hepatologista Edna Strauss, professora da Universidade de São Paulo, uma das maiores defensoras dessa causa. As notificações subestimam a real ocorrência da infecção no Brasil.
A estimativa oficial, por enquanto, é a seguinte: apenas 130 casos por ano em cada 100 mil brasileiros. Mas dados preliminares e mais precisos de um levantamento realizado pelo próprio Ministério, ainda em fase de conclusão, mostram um cenário diferente. No Nordeste, por exemplo, cerca de 41% das crianças entre 5 e 9 anos já tiveram contato com o vírus. Na turma de 10 a 19 anos a incidência sobe para 56%. Nem todos ficaram doentes mas Edna chama atenção para o restante da criançada que, sem conhecer ainda o vilão de perto, pode sucumbir a qualquer instante. No próximo banho de mar, por exemplo.
Para empunhar a bandeira em prol da inclusão da vacina a professora Edna Strauss se sustenta principalmente nas estatísticas levantadas por dois estudos publicados no The Journal of the American Medical Association. Em Israel a entrada do imunizante no calendário de vacinação levou a uma queda de 95% nos casos da doença. E nos Estados Unidos eles despencaram 76%.
Nos dois programas, só os bebês entre 1 e 2 anos foram vacinados, mas a incidência diminuiu em todas as faixas etárias. Por quê? Provavelmente porque as crianças são como armazenadoras do vírus depois de infectá-las, ele se multiplica e cai no ambiente pelas fezes.
E, se o imunizante é tão eficaz, por que não oficializá-lo? Há critérios de prioridade que incluem aspectos como mortalidade, justifica o infectologista Ricardo Marins, coordenador geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. Embora a hepatite A tenha alta prevalência, não há um grande número de casos fatais, afirma, reconhecendo que o assunto merece uma análise mais aprofundada.Cinco por cento dos episódios evoluem para uma hepatite fulminante, que mata, rebate o infectologista David Uip, coordenador do Núcleo de Infectologia do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A causa seria uma hiper-reação dos anticorpos que atacam o fígado infectado, explica Edna. O órgão vai à bancarrota e, para salvar a vida, só mesmo um transplante.
A ameaça não está só no litoral. Segundo uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, 53% dos brasileiros não contam com saneamento básico. Só é um engano acreditar que a ameaça é maior para essa gente. As pessoas que vivem em condições precárias tendem a entrar em contato com o vírus desde a mais tenra idade e logo desenvolvem anticorpos, na maioria das vezes sem sintomas de infecção. Já o jovem que cresceu em condições adequadas não teve a chance de adquirir essa resistência. Aí, em contato com água e alimentos contaminados, sucumbe. Quanto mais velho ele for, mais grave tende a ser o quadro, diz o pediatra Norberto Freddi, do CEDIPI, conhecida clínica de vacinação paulistana. A nós cabe cobrar dos governantes que resolvam a questão. Enquanto isso, faça o que está ao seu alcance: vacine a família inteira e curta a alta estação sem medo.
UM ESTRANHO NO FÍGADO
Ao chegar lá, o vírus da hepatite A deflagra a confusão



FONTE: EDNA STRAUSS, HEPATOLOGISTA E PROFESSORA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


QUANTO MAIS VELHO, PIOR
Oito em cada dez meninos de 14 anos que pegam hepatite A amargam sintomas clássicos a infecção: a urina fica escura; as fezes, claras; a pele e os olhos, amarelados. Sem contar o tremendo mal-estar. Já em dois terços dos menores de 6 anos o contato com o vírus quase passa batido. Neles os sintomas costumam ser inespecíficos, diz a hepatologista Edna Strauss. Canseira, febre, dor de barriga..., exemplifica. Ou seja, aquilo descrito nos relatos de férias com o famoso pegou uma virose. Na minoria em que a infecção evolui seus sinais só surgem de duas a seis semanas depois da entrada do vírus.

ONDE MORA O PERIGO
Confira os principais focos de contaminação e como se precaver

ÁGUA
Em locais onde ela não passa por um tratamento adequado o vírus consegue infectá-la facilmente por meio das fezes humanas. Portanto, só consuma o líquido filtrado. E o microorganismo gosta de ambientes frios, diz o infectologista David Uip. Não à toa, ele pode ser transmitido nas pedras de gelo feito com água de torneira.

ALIMENTOS
O saneamento ineficiente favorece a contaminação de verduras e frutos do mar. Evite se alimentar em lugares suspeitos. Ao preparar saladas, deixe-as de molho em solução clorada. O.k., mariscos e ostras crus são uma delícia, mas o mais seguro é comê-los bem cozidos se não conhecer a procedência.

MÃOS SUJAS
A falta de cuidados básicos de higiene é outro fator de risco, afirma Uip. Ensine seus filhos a lavar sempre as mãos com sabão. Não deixe também que desenvolvam o hábito de levar os dedos à boca.

CONTATO COM OS INFECTADOS
Se algum parente contraiu a hepatite A, não há por que entrar em pânico. Mas, para que a infecção não se dissemine, lave os talheres do doente separadamente e jogue formol no vaso sanitário.

VACINA NOTA 10
Injetável, ela passou a ser aplicada no início dos anos 1990 e é considerada muito segura. Tem uma efi cácia de mais de 95%, garante a hepatologista Gilda Porta, do Instituto da Criança, em São Paulo. Toma-se a primeira dose a partir de 1 ano e, depois de seis ou doze meses, é dada a segunda, explica o pediatra Norberto Freddi. Elas são suficientes para proteger o organismo pelo resto da vida. Adolescentes e adultos que ainda não se vacinaram também podem receber a injeção, sem problemas. Só não precisa tomá-la quem já teve hepatite A, porque, uma vez doente, o corpo aprende a enfrentar o vírus e nunca esquece a lição.

A SAÍDA É DESCANSAR
Quem contrai a hepatite A tem só uma coisa a fazer: esperar. O organismo se encarrega de varrer o vírus. Mas a seu tempo. Não há remédio que acelere o processo que leva morosos 30, 60 dias ou mais. Os médicos prescrevem repouso até que a situação esteja sob controle. Não é necessário permanecer na cama o tempo todo, diz Edna Strauss. Só não dá para ficar passeando, indo ao trabalho ou à escola. Até porque, além de poupar o organismo, é indicado um certo isolamento. E, se você já ouviu aquela história de que é bom entupir o paciente com hepatite de doces, ignore é lenda. Aliás, como ele fica enjoado, é melhor deixá-lo comer o que lhe apetecer. Só não se esqueça de lhe oferecer muito líquido. Bem hidratado, o corpo se recupera mais depressa.



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VERÃO SEM PICADAS...


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Verão sem picadas

 

Uma substância dos produtos repelentes mantém os insetos bem longe

 

Junto com o calor, chega a indesejável companhia dos mosquitos, pernilongos e afins. O problema é que o risco das picadas vai além de uma irritação e vermelhidão. Elas podem transmitir uma série de doenças graves: a dengue, a malária e a leishmaniose, por exemplo. Por isso é tão importante manter esses insetos longe, evitando seus ataques. Uma das principais estratégias é apelar para os chamados repelentes. A maioria das marcas que estão no mercado leva na fórmula o DEET — dietil-m-toluamida —, uma substância usada desde a década de 1950 para esse fim. “É o ingrediente mais eficaz que existe”, confirma o dermatologista Hélio Miot, da Universidade Estadual Paulista em Botucatu, que pesquisa essa categoria de produto. Vale lembrar que os repelentes não servem para evitar picadas de outros insetos, como pulgas e abelhas.

Pura enganação

O repelente libera vapor capaz de confundir o mosquito

1. Atraído por substâncias exaladas pela pele — o gás carbônico e o lactato —, o inseto chega até o sangue humano. O curioso é que só a fêmea se alimenta dele. Isso por causa da presença de albumina necessária para a produção de ovos.
2. Aplicado sobre o corpo, o repelente produz uma camada de vapor capaz de confundir os mosquitos. São liberadas substâncias que bloqueiam a ação dos receptores de lactato localizados na antena do inseto.
3. Como a capacidade de detectar o lactato é prejudicada, o bicho fica perdidinho e não consegue mais reconhecer onde deveria atacar.


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ÁGUA DE BEBER...

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Água de beber

 

Dois litros por dia são imprescindíveis para um organismo saudável e bem hidratado. É o que todo mundo diz. Mas será líquido e certo? Fomos investigar se precisamos mesmo de tudo isso

 

Sugestão:
E de tanto ser repetida, a ladainha se transformou em um dogma quase incontestável. Por isso SAÚDE! resolveu passar essa história a limpo — e com um respeitável time de especialistas. Primeira pergunta: como se chegou a essa quantidade de 2 litros? “O corpo de um adulto gasta em 24 horas uma média de 2 litros de água em funções como digestão, respiração, transformação dos nutrientes em energia e também por meio do suor e da urina”, contabiliza a nutricionista, em São Paulo. E é desse cálculo de gastos que vem a quantidade de água preconizada.
A idéia é manter a homeostase do corpo, que é o seu estado de equilíbrio. Em outras palavras, o que foi consumido precisa ser reposto. Essa é a tese. Porém, avisam os experts, não convém generalizar. “Cada pessoa deve beber a quantidade adequada para o seu caso e o seu estilo de vida. Afinal, o metabolismo, a estrutura corpórea, o tipo de exercício físico e até o clima são variáveis que precisam ser levadas em conta”, lembra o fisiologista Paulo Zogaib, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, que também é especialista em medicina esportiva. “Há muita diferença entre o gasto de água de quem vive andando na rua e o de uma pessoa que trabalha sentada”, compara ele.
Como nem todo mundo se dá ao luxo de uma consulta para calcular o gasto diário de líquido, os médicos utilizam, por segurança, a porção de 1 a 2 litros como parâmetro. “Para definir com mais precisão a quota ideal, a pessoa deve se pesar no começo do dia e depois de duas horas de trabalho. A diferença representa o quanto foi consumido de água nas funções rotineiras”, explica Paulo Zogaib. Exemplo: se você perdeu 60 gramas, vai ter que repor 60 ml de água. Ou seja, a cada grama corresponde 1 mililitro. Como um copo de água equivale a cerca de 200 mililitros, faça a conta. “Quem pratica atividade física deve subir na balança antes e depois da malhação. E, se beber água nesse período, tem que deduzir a quantidade ingerida do resultado final”, avisa Flávia Abdallah, nutricionista do ambulatório de medicina esportiva do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Na teoria é tudo muito fácil. Basta calcular a média de líquido gasto em um dia e repor esse volume. Nem mais nem menos. Nessa conta — o que complica a prática —, some também a água embutida em outras bebidas, como sucos, e nos alimentos. Para dar uma idéia, uma fatia de melancia tem 90% de pura água. “Quem tem uma dieta balanceada e não faz exercício pode cortar aquela recomendação de 1 a 2 litros pela metade”, diz Tânia Rodrigues.
De qualquer modo, o corpo dispõe de um mecanismo natural, a sede, que evita a desidratação. “É ela que deve regular o volume a ser ingerido por um indivíduo em condições normais”, afirma a nefrologista Ita Pfeferman Heilberg, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mas esse é um ponto em que as nutricionistas ouvidas pela reportagem discordam a uma só voz: não devemos esperar que o corpo dispare o sinal de alarme. Sobrou para Paulo Zogaib a missão de encontrar o meio-termo. “De fato, a sede não é o melhor parâmetro. Mas, se um indivíduo normal se basear nesse aviso para se hidratar, não haverá problemas”, opina. A cor da urina também é um bom indicador. Se ela estiver bem clarinha, a hidratação está em dia.
Uma coisa é certa: água de menos faz mal. “Quando a desidratação é leve, a evacuação fica mais difícil e o volume de urina diminui. Num segundo momento, a pele, os cabelos e os olhos ficam ressecados. O próximo sinal de que o corpo pede água é o aumento do cansaço e da sonolência, a diminuição no poder de concentração, indicando também uma queda no fluxo de oxigênio”, acrescenta.
Muita gente relaciona a presença de pedras nos rins em pessoas sem histórico desse mal com o baixo consumo de água no dia-a-dia. Nada a ver. “O papel do líquido é curativo em quem já sofre com os cálculos. Esse indivíduo, sim, deve beber muita água para que ela dissolva os sais da urina e evite uma piora do quadro”, diz o urologista Eric Roger Wroclawski, da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo. Ele, no entanto, faz uma ressalva: quem tem pedras nos rins não deve beber muita água em plena crise. “No caso de uma cólica, o excesso de líquido só piora a situação. A água fará com que ele fique inchado e o desconforto aumente”, explica.
Se é verdade que a falta de líquido pode prejudicar o organismo, também é certo que o excesso não é nada bom. “Água demais pode sobrecarregar o sistema urinário.O indivíduo acaba tendo que pôr a sobra para fora e a urina leva embora uma quantidade muito grande de sais minerais, vitaminas do complexo B e sódio. O problema é determinar quando se está ultrapassando demais o seu limite. Por enquanto não há um consenso. “Cerca de 3 litros ou 50% acima do que foi perdido já é excesso,  pensa diferente. Ninguém vai ter problema sério se beber até 8 litros. De qualquer forma, a hiper-hidratação é muito incomum”, tranqüiliza ela. Verdade. Quem consegue engolir tanta água?
O corpo humano é composto de 70% a 75% de líquido. Se considerarmos uma pessoa com 70 quilos, isso equivale a 49 litros de água. E todo dia esse indivíduo perde... ...cerca de 3% pela urina ...mais 0,8% na transformação dos nutrientes em energia ...mais 0,6% pelo suor ...e 0,5% na respiração
Bebeu? Encha a cara... de água


É a mais pura verdade a história de que o precioso líquido diminui a ressaca. No dia seguinte ao porre, o corpo, principalmente o fígado e os rins, fica intoxicado com o álcool. Daí vem aquele mal-estar, acompanhado de um gosto ruim na boca e da sensação de que a cabeça vai explodir. “Quando tomamos muita água, os rins são obrigados a filtrar o grande fluxo de líquido e isso dilui o álcool que está concentrado, diminuindo os sintomas.

Atletas em perigo

Um estudo publicado recentemente pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e amplamente divulgado pela imprensa, deixou muita gente com medo. Ele dava conta de que água em excesso pode causar hiponatremia, distúrbio que provoca inchaço do estômago, vômito, fadiga extrema, perda de concentração e até a morte. Trata-se de uma combinação perigosa: a perda de sódio pelo suor exagerado durante a prática de esporte e a ação da água em abundância, que dilui ainda mais a substância. Déficit de sódio é coisa séria. O mineral mantém o volume dos líquidos corporais, atua na contração muscular e ajuda a absorver a glicose. A notícia deve alterar os conceitos de hidratação dos atletas — e só deles. Quem faz atividade física normal não corre esse risco, até porque dificilmente vai tomar baldes de água, como fazem os esportistas.
Hidrate seu filho


As crianças, principalmente, precisam repor a água perdida. No caso dos bebês de até 6 meses, o leite materno é suficiente para garantir a hidratação. Já os maiorzinhos precisam, sim, beber água. Em que quantidade? “Até a adolescência, a necessidade diária varia de 500 mililitros a 1 litro”, responde Tânia Rodrigues. Não tem erro: de novo, a cada grama de peso corresponde 1 mililitro de água. Então, se quiser seguir a cartilha da boa hidratação, você tem que pesar seu filho logo ao acordar e depois de algumas horas de atividade. Mas, convenhamos, dá trabalho. Não precisa chegar a tanto. “Basta oferecer água sempre, pois os pequenos correm mais riscos de uma desidratação, já que estão em crescimento, são muito ativos e nem sempre se lembram de pedir água”.

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