sexta-feira, 11 de outubro de 2013

EXAME PAPANICOLAU





EXAME PAPANICOLAU


O Papanicolau é um exame que deve estar no topo da lista de prioridades de todas as mulheres sexualmente ativas. Cada vez mais há estudos que comprovam a importância dele. O mais recente, divulgado dia 9 de janeiro pela revista Science Translational Medicine, aponta que o teste poderá detectar até câncer de ovário e câncer de endométrio, além de câncer de colo do útero e outras doenças.


Vida sexual ativa pede o exame em qualquer idade
Também chamado de Citologia ou Colpocitologia Oncótica, o exame é poderoso e ao mesmo tempo simples - consiste na coleta de material do colo do útero com uma "colher de raspagem". De acordo com um estudo publicado na edição online do British Medical Journal (BMJ), a taxa de sobrevivência de mulheres com câncer de colo do útero detectado pelo exame chega a 92%, enquanto aquelas que são diagnosticadas apenas pelos sintomas apresentam uma taxa de sobrevivência de 66%. Para tirar as dúvidas mais comuns sobre como o Papanicolau funciona, confira as respostas de ginecologistas a seguir.

1. O Papanicolau ajuda a detectar quais doenças?

Além do câncer de colo do útero e de suas lesões, o exame ajuda a diagnosticar infecções vaginais como Gardnerella vaginalis, Tricomoníase e candidíase. "Como a coleta do exame envolve exame genital, também é possível perceber doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, gonorreia, condilomatose, clamídia e cancroide", afirma o ginecologista Rodrigo Hurtado, da clínica Origen de Contagem (MG).

2. Com qual a idade a mulher precisa realizar o exame?

Não há uma idade certa. Assim que inicia a sua vida sexual, a mulher já deve começar a realizar a citologia. "O vírus HPV só pode ser transmitido ao colo uterino por relação sexual e é este o principal causador de câncer de colo do útero", explica o ginecologista.

3. Qual é a melhor época para realizá-lo?

Segundo Rodrigo, o único período que impossibilita a realização do exame é nos dias em que a mulher está menstruada. Antes de marcar o exame, portanto, é preciso checar o calendário menstrual e calcular quando será a próxima menstruação.

4. De quanto em quanto tempo ele precisa ser feito?


Mulher deve evitar ter relação sexual 48 horas antes
"O ideal é fazer uma vez por ano", conta o ginecologista. Em casos de alto risco, como quando a mulher tem HPV, o médico pode recomendar um exame mais frequente, de seis em seis meses por exemplo.

5. Há algum risco à mulher?

Rodrigo Hurtado garante que não há qualquer risco. "Ao contrário, o exame permite o diagnóstico precoce com grandes chances de tratamento e cura", alega o médico.

6. O Papanicolau detecta HPV?

Na verdade, esse teste não é específico para detectar HPV. "No entanto, o exame pode detectar a presença de anormalidades nas células do colo ou da vagina que são causadas pelo HPV", explica o ginecologista Achilles Cruz, de São Paulo, especialista em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP.

Se isso acontecer, o médico irá indicar exames complementares, como a Colposcopia e a Captura Híbrida. O primeiro exame avalia o tecido de revestimento do colo da vagina através da ampliação da imagem e da aplicação de reagentes. "Na presença de alterações, será feita a biópsia do tecido que permite identificar a infecção pelo HPV", explica Achilles. Já a Captura Híbrida é um exame de tecnologia avançada que detecta se há um ou mais tipos do vírus HPV, que podem causar o câncer de colo do útero.

7. O Papanicolau pode falhar?

Pode. "Estudos mostram que cerca de 50% das pessoas infectadas podem ter falha na detecção do vírus HPV por meio do teste de Papanicolau", conta Achilles Cruz. Por isso, é importante realizar exames complementares dependendo das condições da mulher - o ginecologista terá o cuidado de avaliar quais casos são necessários.

8. A mulher pode ter relações sexuais no dia anterior ao do exame?

Não. Para ter uma maior eficácia no resultado, os médicos recomendam os seguintes cuidados a serem adotados 48 horas antes do exame:

Saiba mais
Exame poderá detectar câncer de ovário
Papanicolau: 60% de chances de erro
Lista de exames indispensáveis à mulher
Não usar creme e/ou óvulo vaginal
Não utilizar ducha na região e não fazer lavagem interna
Não realizar exame ginecológico com toque, ultra-sonorgrafia transvaginal e/ou ressonância magnética da pelve
Não manter relações sexuais, com ou sem uso de preservativos.
9. Mulheres virgens também podem fazer o exame?


Sim, as mulheres virgens também podem realizar o exame de Papanicolau, mas são situações especiais indicadas pelo médico. "A coleta do material, neste caso, é feita por meio da utilização de espéculo próprio para mulheres virgens, com o auxílio de uma espécie de cotonete", explica o ginecologista Achilles, que também garante que não há prejuízo para a paciente, nem risco de ruptura do hímen.


                           
                              Câncer de Mama.


Evitar a obesidade, através de dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, é uma recomendação básica para prevenir o câncer de mama, já que o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contra-indicada, pois é fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.
Ainda não há certeza da associação do uso de pílulas anticoncepcionais com o aumento do risco para o câncer de mama. Podem estar mais predispostas a ter a doença mulheres que usaram contraceptivos orais de dosagens elevadas de estrogênio, que fizeram uso da medicação por longo período e as que usaram anticoncepcional em idade precoce, antes da primeira gravidez.
A prevenção primária dessa neoplasia ainda não é totalmente possível devido à variação dos fatores de risco e as características genéticas que estão envolvidas na sua etiologia.

Autoexame das Mamas
O INCA não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do câncer de mama. A recomendação é que o exame das mamas pela própria mulher faça parte das ações de educação para a saúde que contemplem o conhecimento do próprio corpo.

Evidências científicas sugerem que o autoexame das mamas não é eficiente para a detecção precoce e não contribui para a redução da mortalidade por câncer de mama. Além disso, traz consequências negativas, como aumento do número de biópsias de lesões benignas, falsa sensação de segurança nos exames falsamente negativos e impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos.
Portanto, o exame das mamas feito pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado  para essa atividade.