quinta-feira, 25 de abril de 2013

HISTÓRIA DO ROCKABILLY.

     ESCOLA FV.FABIO VICENTINI TREINAMENTO PARA HABILITADOS.


história do Rockabilly.




Para chegarmos ao rockabilly, antes precisamos entender que esse gênero musical norte-americano, de forte repercussão durante os anos 1950 (ainda hoje muito ouvido e enaltecido, salve, salve!), é um amálgama do rock n' roll e do hilbilly. Sim, nosso bom e velho rockabilly é filhote da música country!

Hillbilly, para quem não conhece, é um termo utilizado para designar as pessoas que vivem nas regiões rurais montanhosas nos EUA, locais como Tennessee, Kentucky e Carolina do Norte, por exemplo. O termo acabou ganhando terreno e igualmente designando a cultura desses povos, como sua música, dança, estilo de se vestir e outras manifestações do gênero.

A criação do rockabilly nasceu, portanto, da fusão do bluegrass, da country music, do hillbilly, da cultura redneck (muitas designações que levam ao mesmo lugar!), com a boa e velha guitarra elétrica, dando uma levada mais acelerada às musicas.

Os principais representantes que precederam a invenção do rockabilly (e contribuiram para ela!) foram Bill Monroe, Bob Willis & Texas Playboys, Hank Willians (importante cantor do universo country), Merle Travis, Chet Atkins, Carl Perkins, Bill Haley entre outros.

Como citado anteriormente, o ritmo que se consolidou nos anos 50, começou sua trajetória ainda nos anos 20, quando o blues e a música country estreitaram seus laços. Durante os anos 30 e 40, com o surgimento do western swing, o vocal country se fundiu à steel guitar das big bands de jazz, aproximando a cultura branca e negra norte-americana, sabidamente separada por questões de segregação racial vigentes no país.

Com o surgimento do boogie woogie, os artistas da música country se enveredaram nessa brincadeira de fusões e criaram o seu hillbilly boogie, aproximando ainda mais as iniciativas musicais que surgiam na época daquilo que viria a ser o rockabilly.

Após a segunda guerra mundial, os artistas, em experimentos musicais, passaram a explorar uma sonoridade mais pesada, mais carregada de instrumentos elétricos. Entre eles estava Fred Maddox, considerado por alguns estudiosos do gênero como o oficial predecessor do rockabilly.

Bill Haley, por sua vez, experimentava um estilo também baseado nessas misturas de gêneros musicais, sem a pegada country, mas "eletrificando" suas anteriores influências de blues e da música gospel negra, criando aquilo que ficou conhecido inicialmente como jump blues, mas que viria a se desenvolver para o rockabilly autêntico, visto que Rock Around The Clock, um de seus maiores sucessos, é também uma das músicas mais conhecidas do universo rockabilly. Pegando carona no estilo de Bill, logo outros artistas investiram nisso, como Little Richard e Chuck Berry.

Em 1954 o termo rockabilly foi oficialmente instituído, passou a ser utilizado para designar músicas que misturavam a o estilo country dos brancos e o som dos negros, e ganhou asas definitivamente. Instrumentos como baixo, bateria e violão se fundiram às guitarras elétricas.

E logo veio um jovem branco com voz de negro, com costeletas, ostentando um grande topete e usando ternos extravagantes. Fazia uma dança acelerada e insinuante, que chegou a ser considerada sexual, pela sociedade pudica da época, e estremeceu as estruturas do universo do rock. Elvis Presley se tornou o embaixador do rockabilly, e ainda nos dias de hoje é um dos ícones desse movimento.

Outro grande artista que ganhou expressão no gênero, transitava livremente entre dois mundos, Johnny Cash, nasceu no universo country e também aportou no nicho rockabilly, tendo seu trabalho enorme repercussão em ambos os estilos durante toda sua extensa carreira de quase 5 décadas.

Com a chegada do rock progressivo no final dos anos 60, que perdurou também nos anos 70, posteriormente vindo outros estilos nas décadas seguintes, o rockabilly perdeu força e repercussão, voltando a ser revisitado nos anos 90 e mantendo-se na atualidade como forte referência para outros estilos musicais, além de ser eternamente reverenciado pelos saudosistas adoradores da boa e velha cultura oldschool!


Bill Haley - Rock Around The Clock (1956)
 
 
O gênero surgiu quando a música produzida pela comunidade negra nas igrejas, com guitarra elétrica e percussão, saiu do ambiente sagrado e passou pelo blues, pelo boogie e demais estilos até se transformar no rock. O Rockabilly trouxe muitas influências da música country e western, além do blues e o bluegrass – o cantor Carl Perkins costumava dizer que o estilo era um “blues com uma batida country”.
Denominada um “pré-rock caipira”, essa vertente tem sua história delineada pela inovação do hillbilly (música country americana influenciada por composições irlandesas) e como a nova música seria vendida. A origem do rockabilly está muito relacionada a uma pequena gravadora na cidade de Memphis: a Yellow Sun, de Sam Phillips, que mantinha uma linha de produção composta apenas por artistas negros que tocavam blues, como as bandas Chess in Chicago e RPM on The Coast. No entanto, quando Elvis Presley procurou a Yellow Sun para gravar em homenagem a sua mãe a música That’s All Right, por U$3,89, Sam abriu uma exceção. Mais tarde, aquele desconhecido jovem branco seria coroado como Rei do Rock. Depois disso, outros músicos brancos foram aceitos por Phillips: Carl Perkins, Jerry Lee Lewis, Johnny Cash, Charlie Rich, Roy Orbison (The Big O), Sonny Burgess, Warren Smith, Onie Wheeler e Malcolm Yelvington.
Apesar da cidade de Memphis, Tennessee, ter se tornado a capital do rockabilly, no sul, mais artistas se aproximavam do estilo. Na Califórnia, Ricky Nelson, graças ao seu guitarrista James Burton, de Louisiana, passou a fazer parte dessa estatística que, aliás, era predominantemente composta por homens – com exceção da cantora e guitarrista Wanda Jackson.
Também conhecido como cat music, o rockabilly era o subterfúgio de jovens que desejavam fugir do padrão musical seguido pelos pais. E esse caminho era novo, porque não chegava a se comparar ao primeiro hit rock, a canção Rock Around the Clock, de Bill Haley and his Comets, nem com o som feito pelos cantores Rou Acuff e Ernest Tubb: era, na verdade, uma fusão desses artistas.
Tecnicamente, a sonoridade do rockabilly segue um ritmo uptempo (acelerado), acentuadas batidas da percussão e o slapped bass (efeito de vibração da corda do baixo elétrico após ir de encontro aos trastes e à escala do instrumento). Essas características foram bem demarcadas pelo trio formado por Elvis Presley e Scotty Moore nas guitarras e Bill Black no baixo. Não só esses instrumentos se inseriam na cena rockabilly, mas também a bateria e o piano, bem representado por Lewis.
Outro efeito inserido nas músicas veio de experimentos realizados por Sam Phillips junto de Leonard Chess. Em Chicago, os dois usaram canos e a acústica de um banheiro para criar eco. Os críticos da época costumavam dizer que o efeito ecoado era uma maneira de disfarçar falhas no vocal, além de muitas vezes deixar a letra das músicas indecifráveis.
No entanto, as canções rockabilly não tinham em suas palavras um grande significado. Muito freqüentemente, os temas eram brincadeiras de criança, marcas de roupa, rimas infantis e grandes abstrações que chegavam a compor odisséias no espaço. Esses tópicos podem ser conferidos em música como Put Your Cat Clothes On, de Carl Perkins; Be-Bop-a-Lula, de Gene Vincent; Ooby Dooby, de Roy Orbison; Tongue Fred Joll, de Charlie Feathers; Flyin’ sauces Rock’n'Roll, de Lee Riley and the Little Green Men.
Já o canto era basicamente composto por espasmos, repetição de sílabas e vibrações vocais, como em Baby Let’s Play House, de Elvis Presley. Outros artistas como Buddy Holly, Freddy Fender e Narvel Felts também seguiam esse estilo em seu canto.
O rockabilly montou sua imagem como um representante da rebeldia e também do jovem espirituoso. Seu início está marcado pela figura de Elvis, não somente por sua qualidade como artista, mas pela notoriedade que conseguiu ao redor do mundo. Sua maciça influência, presente até os dias de hoje, levou Ricky Nelson, em 1957, a fazer um rockabilly de subúrbio, levando consigo o repertório e o sorriso de Elvis. Já Gene Vincent, um ano antes, preferia trazer de volta o jovem Presley, com seu grande e brilhante topete.
O desaquecimento do rockabilly veio com uma série de fatores envolvendo os maiores representantes da cena: em 1958, Elvis entrou para o exército; o escândalo do casamento de Jerry Lee Lewis com sua prima Myra Gale Brown de 14 anos; o acidente de carro sofrido por Carl Perkins, em 1956, e a queda na venda da canção Blue Suede Shoes; o acidente de táxi, em 1960, que provocou um grave dano numa das pernas de Gene Vincent e a morte de Eddie Cochan, noivo da compositora Sharon Sheeley, que também estava no veículo.
Quase todos os artistas voltaram a ter a mesma vida de antes da fama. Sonny Burgess, por exemplo, passou a trabalhar como caixeiro viajante. Outros quiseram voltar com a música gospel e country e ainda havia os persistentes Billy Lee Riley e Warren Smith, que se mantiveram no rockabilly. No fim, o rock ficou entregue a bandas como Beatles, Elton John e Gary Stewart. Novas vertentes nasceriam e mais músicos tornariam-se o sucesso de décadas e gerações.
 
 



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