sexta-feira, 21 de junho de 2013

VANDALISMO MANCHAM PROTESTO EM SANTOS...

VANDALISMO MANCHAM PROTESTO EM SANTOS






A tentativa de assalto a um posto de combustíveis, no Valongo, em Santos, manchou a manifestação do Movimento Passe-Livre, que ocorria de maneira pacífica e civilizada na noite de hoje (20). Mais de duas mil pessoas marcharam pelas principais vias da Cidade. A expectativa era reunir mais de quatro mil pessoas. A manifestação encerrou por volta das 20h30.

Durante toda manifestação, os principais líderes do movimento se preocupavam em conter atos de violência e vandalismo. Por diversas vezes gritos como “sem vandalismo”, “sem violência”, foram entoados pelos manifestantes.

O protesto ocorria de forma organizada e durante a passagem pela Avenida Martins Fontes, um adolescente trajando camisa laranja, bermuda azul e boné aproveitou o momento para tentar assaltar um posto.

O meliante se aproximou do estabelecimento e abordou uma funcionária, pedindo a chave da loja de conveniências. Ele tentou arrombar a porta da loja com chutes. Nesse momento, manifestantes tentaram impedir a ação criminosa. Ao ver a aproximação do grupo, o rapaz sacou um revólver e realizou três disparos para o alto, fugindo do local.

Na hora dos disparos muitos manifestantes se retiraram. Minutos depois, a marcha foi retomada e o manifesto seguiu até a entrada da Cidade, ponto final do trajeto.

Policiais militares acompanhavam à distância o percurso da manifestação, iniciada na Praça dos Andradas, às 18h. Cerca de 100 soldados foram destacados para escoltar os protestantes.


Cerca de duas mil pessoas participam da manifestação, em Santos (Foto: Murilo Paiva/DL)

Caminhada

A concentração da manifestação contra o aumento das tarifas de transporte coletivo foi marcada para às 17h, na Praça dos Andradas, próximo a Rodoviária de Santos. Milhares de pessoas tomaram rapidamente a praça e esperavam o momento de saída para a caminhada. A manifestação era formada por muitos jovens que com cartazes mostravam suas insatisfações.

Segundo o metalúrgico Manoel Teixeira, de 55 anos, a falta de liderança atrapalha a manifestação. “Eu vejo com preocupação. O movimento foi iniciado após ficarmos um bom tempo omisso, assistindo tudo. A falta de um líder deixa o pessoal desorientado. É necessário um líder para dar segmento ao protesto. Tirando isso, é maravilhoso participar de um momento como esse”.

Na opinião do corretor de imóveis Luiz Fernando Bernardo, de 55 anos, a aparição de uma liderança pode atrapalhar as manifestações. “A pessoa que se colocar como líder pode ser visto como oportunista, que está querendo a chance para se aparecer. A pessoa pode ficar mal vista. Mas está fazendo as coisas de maneira correta”.

Às 17h50, os manifestantes começaram sua luta, com gritos de “o povo acordou”. Vinte minutos depois, o grupo entrou no Terminal de Ônibus de Santos. A ideia dos protestantes era liberar as catracas do terminal para a população não ter que pagar a passagem de ônibus. No entanto, os coletivos foram desviados e não entraram no local.

Logo após, o grupo seguiu pela Avenida Martins Fontes, até o entroncamento com a Rodovia Anchieta, onde permaneceram até o final do protesto, às 20h30.

Objetivos

Na noite de quarta-feira, supostos líderes do movimento divulgaram um panfleto descrevendo os objetivos da manifestação. Entre as reivindicações estão: diminuição das tarifas municipais e intermunicipais, passe livre para estudantes, professores e desempregados, integração com o transporte intermunicipal, além de não obrigatoriedade do uso do cartão transporte para pagamento de passagem, volta dos cobradores e melhoria da qualidade do transporte público.

Um dos representantes da manifestação subiu em um carro de som e reiterou: “Só vamos parar quando a Prefeitura de Santos reduzir a tarifa de ônibus”.

Reportagem é barrada

Durante o tempo em que permaneceu na Praça dos Andradas, Diário do Litoral tentou participar de uma reunião de supostos líderes do movimento. Nesse intervalo de tempo, a Reportagem apurou que o grupo de manifestantes era responsável por definir as diretrizes do manifesto.

De maneira truculenta, a Reportagem foi expulsa do local pelos manifestantes. Logo depois, um jovem se aproximou e pediu desculpa pela atitude dos companheiros.

Invasão no Assaí


Pessoas invadiram o Assaí Atacadista, no Saboó, por volta das 20h30. Policiais militares atiraram para conter os marginais. Ninguém ficou ferido.

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